Tá, então.. Acho que não resumi o filme “Infâmia” para vocês. Eu assisti já faz um tempo. Nas férias ainda, é um filme que fiquei por dois meses encarando na locadora, com Audrey Hepburn, eu estava esperando a mulher da locadora mudar a cor da fichinha para catálogo até que desisti e loquei. Na verdade, eu achava que o nome era “Infância”. Podem rir, até hoje acho esse meu mico tosco.
Bem, como em qualquer filme, Audrey está linda e sua atuação, impecável junto com a atriz com quem ela atua junto e, que eu não sei o nome. A história se passa num meio que internato para garotas, que a personagem de Audrey teria aberto junto com a sua Amiga Loira (a partir de agora, chamaremos ela assim). Lá, elas davam aulas junto com acho que tia da Amiga Loira. Audrey tinha um relacionamento amoroso com um médico jovem, que, ia volta e meia no internato pois, ele que cuidava das garotas e é claro, dava algumas mãosinhas no final do dia para as duas jovens mulheres. Audrey e o médico estavam planejando se casar. A Amiga Loira, estava insegura desta idéia pois, imaginava que cedo ou mais tarde, Audrey a abandonaria e assim, a deixaria sozinha cuidando das garotas e aturando a tia doida. Entre as garotas que estudavam naquele internato, havia uma filha da mãe garotinha mimada que adorava inventar mentiras. Acho que todos conhecem este tipo de garota pequena, é aquela que para a família é uma santa, mas para os outros é um capeta e mente pra caralho um monte e, bizarramente a criança mentirosa acredita na própria mentira. Vocês me entendem? É.. Aquela criança que você sabe que está mentindo, você faz de tudo para ela dizer a verdade, mas ela não admite nem que você queime a casa da Barbie dela. Ela não diz a verdade e ainda por cima chora rios falando que você a odeia e que ela sofre de injustiça.
Se você sabe do que eu falo, BINGO! É esta criança mesmo, durante o começo do filme vemos muito essa garota fazer isso, e, como qualquer garota de internato que não vê nenhuma testosterona por perto a não ser do namorado da professora que não a interessa (ainda), ela lia de noite escondida revistas de fofocas e contos, livrinhos finos que escreviam bastante antigamente com romances, vamos dizer assim, “fogosos”. Numa dessas noites que ela lia, ela ouve a conversa entre Audrey e a Amiga Loira, sobre que a Amiga Loira não deveria se preocupar com isso, que Audrey nunca a abandonaria e muito menos o internato que as duas mesmas teriam construído. No outro dia, a Garotinha Mentirosa (vou chamá-la assim, antes que eu deixe meus dedos digitarem todos os xingamentos que quero para esta personagem) acaba recebendo bronca de Audrey por uma das suas mentiras cabeludas e.. TÁ BOM! VOU RESUMIR!
A Garotinha Mentirosa em seus eternos momentos de lambisgóia, foge do internato e inventa a mentira que Audrey e Amiga Loira são lésbicas e que fazem sexo de noite com uma fresta da porta aberta. Logo, como a Garotinha Mentirosa em sua fuga conta para sua avó milionária que acredita que ela é um anjinho de garota e, é claro que a tira imediatamente do internato e, logo depois, espalha para todos os pais das garotas que estudavam lá. Logo, o internato está vazio e, o pior, Audrey e a Amiga Loira não sabem de nada, não sabem da fofoca e nem de nada. Quando descobrem, vão atrás da avó da Garotinha Mentirosa e, que também é tia do noivo(namorado, sei lá) de Audrey . A Garotinha Mentirosa tinha subornado uma das outras garotinhas que estudavam lá e, assim se passa sendo verdade toda aquela fofoca. As duas tem suas vidas arruinadas por isso, já que, o filme foi gravado e provavelmente passado nos anos 50, onde aquilo era tachado como um tipo de “aberração”. Logo, ficam boa parte do filme, isoladas no instituto e assim ficando insanas/loucas.
Como o filme é MUITO BOM, não irei lhes contar o final. Só que chorei e, amei. Odiarei eternamente a Garotinha Mentirosa e, sinto que por mais que dizemos ser mais liberais nestes últimos anos, é algo que grande parte diz da boca pra fora. Dizem por que, se um famoso confessa, não vê problema. Mas se como os pais daquelas crianças, vocês soubessem que a professora de seus filhos é homossexual ou algum parente, amigo, confessasse sua opção sexual,aposto que não iria aceitar com tanta calma. A minha opinião sobre isso? Se você tem preconceito, diga. Seja sincero pelo menos com você mesmo. Não é feio admitir, somente não é correto julgarmos deste jeito os outros. Afinal, o que lhe faz pensar que lésbicas em verem você vão te agarrar? Você pensaria o mesmo de homens héteros? Não né? Pense nisso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário