quarta-feira, 3 de março de 2010

Coleguinhas, ônibus, genes curitibanos.

 Tá, segundo post que eu queria ter escrito segunda na verdade.

            Primeiro dia de aula lá, é totalmente diferente. Não somos apresentados, geralmente as pessoas entram no Positivo ou em outro colégio/cursinho com amigos, os poucos que vão sozinhos, sentimos pena, mas nem eles e nem a gente abre a boca. Aulas, são levadas a sério. Não tem como.. No meio da aula você se virar e dar um "Oi" e se apresentar para o coleguinha ao seu lado. A sala fica em enorme silêncio quando os professores falam e, você também presta atenção.

           Logo, nem eu e nem a Vivi conseguimos fazer um amiguinho no primeiro dia de aula; Até que eu fui pegar ônibus! Tinha um pequeno números de estudantes de lá que iam comigo no mesmo ônibus, mas, com um deles.. Sabe quando você bate o olho na pessoa e pensa: "Eu vou fazer amizade com ele/ela." Bem, foi isso que aconteceu! Mas.. Ele tava com uma amiga e eles estavam entretidos na conversa, não tava afim de invadir, era mais fácil conhecer um e depois o outro. Certo?


Tá, ela desceu primeiro. Fiquei do lado do garoto, e agora? Tinha voltado para o velho problema. Como se puxar assunto no ônibus sem parecer doida ou clichê em Curitiba?

Coisa que quem não sabe do que eu estou falando tem de saber:
1) Nós, Curitibanos, mesmo que não queiramos admitir, somos fechados.
2) Não, Curitibanos raramente conversam com desconhecidos.
3) Desconhecidos conversar com você? Primeiro que você faz é mandar o olhar, "Ele/ela é doido(a)?". 
Depois, dependendo da pessoa, pode até começar a se soltar. Senão, dá uma resposta curta e fria.


Agora que foram apresentados a estes meio que instintos curitibanos, vamos voltar a história do paradigma de puxar assunto em um ônibus; Os jeitos que eu conheço:

1) O velho e clichê assunto do tempo. Exemplo: "Nossa! Que frio hoje, hein?"
2) O fingimento que você não conseguiu se segurar bem no ônibus e pisa/empurra a outra pessoa e fala: "Desculpa." Ou, se você for mais solto e estiver sem se importar com o olhar de "Você é doido?", dirá algo como: "Desculpa, como sou desastrada(o)! É que não sou boa/bom em equilíbrio. Esses ônibus chaqualham demais, não acha?"
3) O mais retardado e, insano que é meio que óbvio e deixará o outro embaraçado. No meu caso, seria algo assim: "Oi! Nós dois estamos no Positivo, coincidência não? Acho que até te vi na minha sala."
4) Outro velho e clichê usado universalmente, o: "Que horas são?"
5) Não sei se deve entrar nesta lista, mas acho que dá. O bom: "Que ônibus é este?" ou, "Você sabe que ponto leva ao.." ou ainda, "Que ponto é este?"


                Por todas essas desculpas que podem acabar funcionando mas deixa o outro e algumas vezes você sem graça, prefiro, se eu tiver segundas intenções, somente.. Flertar. Não é chamativo, se ele/ela corresponder seu olhar, opa! Pode continuar ou tentar avançar. Se ele nem nota, bem, você pode tentar mais algumas vezes e se ainda não adiantar, desista. Se ele te faz um olhar feio ou comum, bem, deixa pra lá e fique contemplando nuam boa sua janela. E a melhor parte de tudo isso, quando você flerta com alguém num ônibus, sem falar uma palavra, nada pode ficar ruim. Por que, a pessoa não te conhece! Não sabe seu nome. Se duvidar, ele não voltará a pegar aquele ônibus e você pode sair na imaginação daquela pessoa como alguém.. Interessante, vamos assim dizer.


                Mas tá, vamos parar por aqui, afinal, de qualquer jeito não consegui ainda fazer amizade com o coleguinha do ônibus, mas até o final do ano eu faço! Nem que eu perca a sanidade! E.. No meu segundo dia de aula, eu e a Vivi fizemos amizade com um coleguinha! O Mateus/Matheus (Sei lá). Mas, adivinhem só? Ele é de Jacarezinho, não é Curitibano. Uma das prováveis razões de termos conseguido.

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